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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

{RESENHA} O Cão dos Baskerville - Arthur Conan Doyle

Uma antiga lenda parece exercer influência sobre a vida de qualquer homem cuja descendência venha dos nobres Baskerville. Conta-se que Hugo Baskerville era um homem violento e impetuoso, assim sendo, sequestra uma jovem que também residia em Dartmoor mantendo-a refém em sua rica mansão. No entanto, a moça consegue escapar. Furioso, o malfeitor sai a caça de sua vítima sem imaginar que selava seu próprio destino bem como de todos que viriam depois dele, isto é, fora castigado por suas crueldades: durante a perseguição é morto por um enorme cão negro e diabólico...

Até hoje os camponeses que vivem ali acreditam que a região não é um local auspicioso para qualquer Baskerville, pois alguns juram escutar os uivos da fera a espreita de sua próxima vítima amaldiçoada. De fato, muitos membros da família morreram de forma estranha e não é de se admirar que Sir. Charles Baskerville tenha desenvolvido sérios problemas cardíacos por temer a lenda, já que reside no condado e acredita piamente na existência do medonho animal que os assola. Isso até seu corpo ser encontrado próximo ao pântano, sem marcas que acusassem assassinato... ao lado do cadáver havia somente pegadas enormes de um cão... a pericia concluiu que o homem morrera de pavor...

Foto: Lu Garcia

Mas o que ele poderia ter visto para desencadear um ataque fulminante? Seria o macabro cão dos Baskerville? É para investigar até que ponto o sobrenatural atua, que Sherlock Holmes é consultado com urgência por um amigo e médico da família, uma vez que o último Baskerville, Sir. Henry, herdou todas as propriedades e deve se mudar para a mansão em breve. Mesmo sabendo da existência desta terrível lenda, é seguro para o baronete morar no lugar onde seus antepassados conheceram a morte prematura e sinistra?

Minha Percepção - O que este livro de Arthur Conan Doyle tem em comum com as suas demais obras é a narração envolvente e intrigante. Mas quero ressaltar o que há de diferente nela, em outras palavras, é um volume que aborda, a priori, um assunto sobrenatural do inicio ao fim, inclusive nas páginas finais quando Holmes está pondo em xeque as teorias do caso e o legente finalmente se depara com o cão infernal, negro, enorme e com fogo saindo pelas narinas e boca. Em nenhum momento da história acreditei que havia mesmo um cão e menos ainda nestas condições. Então, me perguntei: Como assim? Como é possível? É um cão do inferno mesmo!! Pois é isso que o detetive nos explica!

Outra coisa inédita é a ausência de Sherlock Holmes, praticamente, ele aparece no começo e na conclusão da trama. Contudo, não pense que a história é desinteressante. Muito pelo contrário, dá um toque a mais de mistério (como se precisasse), parecendo que o investigador não se interessou pela tragédia da família, afinal é só uma lenda, não?

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