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terça-feira, 8 de novembro de 2016

{RESENHA} O Menino do Pijama Listrado - John Boyne

Bruno é um garoto de 9 anos de idade que leva uma vida tranquila, confortável e feliz. Um dia, ao retornar da escola, flagra Maria, a criada, arrumando seus pertences em caixotes de madeira e recebe a notícia de que a família toda mudará de Berlim para a casa do Campo de "Haja-Vista", onde seu pai, promovido a comandante pelo "Fúria", tem atividades importantes para executar. Bruno fica muito chateado com a novidade: ele precisará sair da escola, se afastar dos três melhores amigos e deixar para trás a casa espaçosa onde sempre fora muito feliz para viver em outra extremamente velha, feia e no meio do nada, onde não há vizinhos, nem crianças com quem brincar; sem mencionar os soldados mal humorados que entram e saem como se fossem os donos da propriedade e não os subordinados de seu pai.

Foto: Lu Garcia

No entanto, ele avista da janela de seu quarto um amontoado de tendas dentro de um cercado cujos moradores, além da aparência medíocre e imunda, vestem roupas exatamente iguais: um conjunto de pijama cinza listrado. Curioso, o garoto sai para explorar aquela terra inóspita e chega até a cerca onde um menino chamado Shmuel está sentado no chão, com semblante triste e infeliz. Esse é o inicio de uma grande amizade, sincera, verdadeira, intensa a qual culminará em um desfecho surpreendente e chocante.

Minha Percepção - Antes mesmo de ler o livro eu já havia assistido ao filme e achado muito bom. Confesso que isso me ajudou bastante, caso contrário, não sei se teria compreendido as mensagens indiretas do autor, uma vez que se trata de um livro que relata as experiências de uma criança e sua visão infantil, e até mesmo inocente, sobre o Holocausto. O livro se refere (o tempo todo) a Hitler como o "Fúria" que na verdade é Fuhrer; e "Haja-Vista" nada mais é do que o Campo de concentração de Auschwitz, um dos palcos dos horrores da Alemanha Nazista. Então, na minha opinião, o livro é um pouquinho confuso, justamente por narrar a forma como a criança sente aquilo que a rodeia. Fato é que eu recomendo essa leitura! Salientando que John Boyne não detalha a guerra ou o Nazismo em si, mas salienta o sentimento puro de duas crianças no meio de toda a injustiça e preconceito que realmente ocorreu na época.

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